No meu sonho, haviam três personagens. A mulher de cabelo preto, o homem de cabelo preto e o homem loiro. Certas horas, eu “incorporava” a mulher de cabelo preto, enquanto outras horas a via de longe.
Essa mulher vivia uma história de amor com o homem de cabelo preto. Lembro dos dois saindo na rua, o vento batendo na saia preta que ia até joelho e em seus cabelos. Pareciam felizes, riam. Aí entra o narrador em off, o enredo subentendido. O homem queria casar, ou algum tipo de comprometimento, mas a mulher disfarçava e fugia da questão.
Depois aparece em um restaurante a noite. Acho que faz uma refeição ou bebe sozinha numa mesa. Estava frio, porque as pessoas usavam casacos, agasalhos. A mulher estava de sobretudo preto. Algumas pessoas estavam em pé na parte do “bar” do restaurante, quando não se tem cadeiras e só aquelas mesas de pé alto. Esbarrou com o homem louro ali. Ele a reconheceu, porque tinham sido colegas de colégio quando pequenos. Me lembrou realmente daquele menino louro que realmente via muitas vezes quando criança e achava lindo, era um pouco mais velho, 2 ou 3 anos. Mas depois ele sumiu. Enfim, os dois conversam, ele é o dono ou a família é dona do restaurante. Acontece uma conexão muito forte, os dois se pegam, não sei direito, ela vai parar na casa dele e fica louca, apaixonada. Dorme lá. Era um quarto simples, num bairro periférico, paredes mal rebocadas. Acho que lembro do sexo, porque era “eu” no momento. Uma hora o homem loiro disse que nos olhavam, e quando virei para ver como isso acontecia, via pessoas subindo uma escada de cimento, que passava do lado de fora da casa, mas rente a janela. Um homem de bigode e uma menina morena nos olhavam, carregavam baldes, acho.
O mais maluco com esse homem loiro é que conversávamos, nos comunicamos, mas era estranho, tinha um apelo sexual estranho.
Nessa paixão a mulher simplesmente some da família, do homem de cabelo preto. A sensação é de que passaram meses, mas foram segundos. Não só porque era sonho, mas também pelo que a personagem vivia ali. Depois eles começam a se dar mal, e ela se arrepende de ter largado o outro. Volta a conversar com ele, pedir desculpa acho, não sei o quê. Não lembro se voltam. Mas lembro desse narrador em off, dessa linha narrativa. Tudo era escuro. Sobre o casamento com homem de cabelo preto, acho que a princípio ela fingiu concordar...teve cenas dos preparativos, mas que se passava em outro momento histórico. França na renascença, início do século XVIII. Cenário de Marie Antoinette, da Sofia Coppola, mas os tons pasteis eram mais sombrios, menos vibrantes. Tinha essa questão dos doces, bolos, a decoração, toalha de mesa. Mas também se escolhia a música, e o principal: o pianista. Vários foram chamados, assisti o recital de vários: Bach, Mozart, não lembro mais. Não eram “eles”, eram pianistas que sabiam interpretar muito bem o estilo específico deles.
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Em outra parte do sonho eu estava numa sala de cinema liberada durante a pandemia. A Rita Lee era dona da sala e eu tinha conseguido entrar pq era amiga de Graize, Murilo, etc. Acho que antes disso acontecer, eu e algumas pessoas do meu ensino médio fomos barrados por policiais, estávamos numa van, acho. Era noite. Sempre noite. Acho que nos pegaram com bebida, perto ali da terceira ponte, da assembleia legislativa. Mas não deu em nada.
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Uma baladinha estranha, que misturava vários personagens. Eu devia ser meio que a dona do lugar, mas uma dona distante. Luzes verdes num lugar muito escuro. Tinha uma porta principal e uma saída do outro lado, uma porta (no mesmo formato quadrado) só que sem a porta, só a passagem, que já dava direto pra calçada, pra rua, mas pra uma pequena vila, meio publico meio privado, o vão interno de prédios que se agrupam em quatro. Via um homem careca. Conversava com pessoas, muita gente.
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