terça-feira, 28 de setembro de 2021

Numa chamada de vídeo, agora, ouço o sino da igreja de uma cidade que eu não conheço.


Edit: a cidade é Olinda.

sábado, 11 de setembro de 2021

Luísa

(Silêncio)


-Você é de Virgem?
-Sou. E você, de Capricórnio?
-Sou. Eu sabia.
-Eu sabia também.
-Combinamos: terra.
-Sim. Combinamos.

(Silêncio)

do CFA

De repente o amor de sempre não era mais suficiente

Irmã, não há coração suficiente. Não há coração maior para isso tudo. Não há coração suficiente onde eu possa te colocar. Amor maior. Não cabe.


















DIÁRIOS DE MONTAGEM

DIA 1 – 02/09/2021 

A mise-en-scène já está toda dada. Tudo que recebo vem no enquadramento que quero. Só me resta saber juntar.

DIA 2 – 10/09/2021 

Hoje revi algumas fotografias que podem vir a ser material do filme. Muitas e muitas dela. Ela está em tudo. Ela, Marina, e ela, a Morte. 

Ainda não entendo como ela/Ela funciona. 

As melhores fotos são aquelas em que estamos juntas. Talvez deva focar nessas. E nas dos objetinhos.

Querendo ou não é um filme sobre mim. Por mais que eu queira falar dela, deles. É sempre um filme sobre mim. Não posso pretender englobar duas vidas. A do meu pai está aí. A ausência é escancarada.

As fotos estão organizadas por ano, e a cada ano corresponde uma pasta. Cada pasta é cheia de subpastas, elas também bem recheadas. Não há pasta de 2014, e a de 2015 só possui quatro fotos. Em todas essas quatro ela já está com a sonda no nariz. 

A partir daí eu paro de aparecer e minha irmã começa a ser outra pessoa.

E estou sendo pega pelos atos falhos que logo corrijo.